sexta-feira, 20 de março de 2009

2010: O Brasil vai ser governado por uma mulher

Por uma candidatura feminista e de esquerda.

DILMA ROUSSEFF: Quem é essa mulher?

Ela está subindo nas pesquisas e já desbanca Serra no Nordeste. Ela é mulher, é Petista, é guerreira, o nome dela é DILMA ROUSSEFF.

Possível candidata do PT para a sucessão de LULA, a Ministra-Chefe da Casa Civil já tem sofrido ataques, ações e tem se tornado mais conhecida do povão brasileiro.
O Brasil tem que avançar, quebramos um preconceito com LULA Presidente, Nordestino, operário, militante da esquerda.
É hora de pôr uma mulher na Presidência desse país mais machista e que diariamente espanca suas mulheres.



Dilma Vana Rousseff Linhares (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi a primeira mulher a ser nomeada ministra-chefe da Casa Civil, cargo que exerce desde 21 de junho de 2005. Atualmente, é a pessoa mais cotada a ser o candidato apoiado pelo atual governo para as eleições à Presidência da República, em 2010.
Biografia

Dilma é filha do advogado e empreendedor búlgaro naturalizado brasileiro Pedro Rousseff (em búlgaro Петър Русев, Pétar Russév)[1][2] e da dona-de-casa Dilma Coimbra Silva. Tem um irmão, Igor[3].
Aos quinze anos de idade, Dilma trocou o conservador
Colégio Sion, onde alunas falavam francês com professoras, pelo Colégio Estadual, escola pública mista onde se geravam contestações. De acordo com ela, foi nesta escola que ficou "bem subversiva" e que percebeu que o mundo não era para "debutante"[4].
Graduou-se em
Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Obteve mestrado em Ciências Econômicas na área de Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutorado em Ciências Sociais na área de Teoria Monetária e Financeira, também pela mesma universidade[5].
Juventude

Na década de 1960, durante o regime militar, Dilma Rousseff participou da luta armada, usando os codinomes de Estela, Luísa e Vanda, atuando em organizações clandestinas e terroristas de esquerda, como a Política Operária (POLOP), Vanguarda Popular Revolucionária e o Comando de Libertação Nacional (COLINA)[6]., segundo consta na sua ficha criminal na Polícia paulista, no DOI-CODI.
Dilma teria participado, na época, do roubo de um
cofre pertencente ao ex-governador de São Paulo Ademar de Barros, em 18 de junho de 1969, na cidade do Rio de Janeiro, de onde foram subtraídos 2,6 milhões de dólares[7]. Entretanto, Dilma negou sua participação no evento em uma entrevista concedida ao Programa do Jô. De acordo com ela, "essa história foi difundida, mas na época eu não participei nem planejei o assalto ao cofre do Ademar".
Posteriormente, esteve presa entre
1970 e 1973 nos órgãos públicos de repressão à luta armada e ao terrorismo, época em que diz ter sido torturada. Em dezembro de 2006, a Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou um pedido de indenização por parte de Dilma e outras dezoito pessoas presas em dependências de órgãos policiais do governo estadual paulista na década de 1970[8].
Carreira política

Participou da reestruturação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), vinculada ao grupo de Leonel Brizola. Após a perda da sigla para o grupo de Ivete Vargas, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Foi secretária de Minas e Energia durante o governo
Alceu Collares no estado do Rio Grande do Sul, entre 1991 e 1995. Em 1998, o petista Olívio Dutra ganhou as eleições para o governo gaúcho com o apoio do PDT no segundo turno, e Dilma retornou à Secretaria de Minas e Energia. No final de 1999, o PDT deixou o governo de Olívio Dutra e exigiu de seus filiados a entrega dos cargos. Dilma saiu do PDT e filiou-se ao PT continuando no governo a exemplo do que também fizeram Emília Fernandes, Milton Zuanazzi e Sereno Chaise.
Dilma Rousseff integra o
Governo Lula desde o seu início, em 1° de janeiro de 2003, como ministra de Minas e Energia. Trocou de cargo, passando a chefiar a Casa Civil em 21 de junho de 2005, no lugar de José Dirceu, que deixou o ministério por estar envolvido em acusações de corrupção no caso Mensalão. De acordo com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), desde que Dilma assumiu o ministério, "a seriedade está se impondo" na Casa Civil[9].
Dossiê da Casa Civil

Em virtude do escândalo dos cartões corporativos, que eclodiu em janeiro de 2008, atingindo o governo federal e causando a demissão da ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, a oposição entrou com um pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigações mais aprofundadas.
Em
22 de março de 2008, uma reportagem publicada pela Revista Veja revelou que o Palácio do Planalto montou um dossiê que detalhava gastos da família de FHC. A matéria diz que os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. A Casa Civil negou a existência de tal dossiê, apresentando no espaço de 15 dias três versões diferentes sobre o assunto, todas depois desmentidas pela imprensa[10]. Em 28 de março, foi a vez do jornal Folha de S. Paulo publicar uma reportagem revelando que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, deu a ordem para a organização do dossiê. Em entrevista coletiva em 4 de abril, Dilma reconheceu a feitura do banco de dados, mas descartou a conotação política do mesmo. Disse que o vazamento de informações e papéis federais é crime e que uma comissão de inquérito interna iria apurar o fato. Em 7 de abril, a Polícia Federal (PF) decidiu investigar o caso.
Em
7 de maio, em audiência na Comissão de Infra-Estrutura do Senado Federal, respondeu questões relativas ao "dossiê"[11].


Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura, senador.

— Em resposta ao senador José Agripino Maia (DEM/RN). O senador sugeriu que, por ter mentido no período em que esteve presa durante a ditadura, também poderia estar mentindo sobre o vazamento de dados que formaram o dossiê sobre os gastos de FHC.[11]
As investigações da PF concluíram que o responsável pelo vazamento foi o funcionário da Casa Civil José Aparecido Nunes, subordinado de Erenice Guerra. Ele enviou passagens do dossiê para o assessor do senador Álvaro Dias, André Fernandes[12], confirmando que o dossiê existiu.
Caso Varig

Em junho de 2008, a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu afirmou em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que a Casa Civil favoreceu a venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.[13]
Abreu, que deixou o cargo em agosto de 2007, sob acusações feitas durante a CPI do Apagão Aéreo, relatou que a ministra Dilma Rousseff e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a pressionaram a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig.
Segundo ela, Dilma a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios (Marco Antônio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.
[14]

A ministra não queria que eu exigisse os documentos. Dizia que era da alçada do Banco Central e da Receita e falou que era muito difícil fazer qualquer tipo de análise tentando estudar o Imposto de Renda porque era muito comum as pessoas sonegarem no Brasil.

— afirmou Abreu ao "Estado".[15]
Dilma negou as acusações e Denise Abreu não apresentou nenhum documento ou prova que sustentasse suas acusações.[16]

Programa de Aceleração de Crescimento

Dilma Rousseff é gerente do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), plano que visa ao crescimento econômico do Brasil.

Candidata às eleições de 2010

Em dezembro de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que jamais conversara com Dilma Rousseff sobre sua possível candidatura para as eleições presidenciais de 2010, dizendo ter apenas insinuado. Para Lula, Dilma é a "pessoa mais gabaritada" para sucedê-lo[17].
Apesar de pesquisas apontarem-na como pouco conhecida da população brasileira, Dilma já dá sinais de que está tentando ganhar popularidade mudando seu visual.
Vida pessoal

O primeiro marido de Rousseff foi o jornalista mineiro Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, que levou Dilma, então com vinte anos de idade, para a militância política.
No fim da década de 1970, já divorciada de Linhares, Dilma resolveu reconstruir sua vida no Rio Grande do Sul, rumando para
Porto Alegre por causa do segundo marido, o ex-guerrilheiro e ex-deputado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, com quem teve sua única filha, Paula. Preso em São Paulo, Araújo foi transferido para seu estado natal para completar a pena. Dilma deu aulas a presidiários para ver Araújo. Hoje estão divorciados[18].
Dilma é uma ávida
leitora: já leu toda a obra de Fiódor Dostoiévski. Gosta de História e interessa-se por ópera. No início dos anos 90, ela se matriculou no curso de teatro grego do dramaturgo Ivo Bender. A mitologia grega tornou-se uma obsessão para Dilma, que, influenciada por Penélope, resolveu aprender a bordar.

CESLA; 7 ANOS DE HISTÓRIA

No dia 18 de março de 2002 foi inaugurado na cidade baixa (melhor área de Salvador) o Colégio Estadual Landulfo Alves. Tive o privilégio de ser um dos alunos-fundadores e ter sido do primeiro Grêmio Estudantil e do primeiro jornal, cujo o nome fora dado por sugestão minha, numa vontade de fazer um jornal com a cara jovem: jornal O Grito.

Nesse colégio fiz inúmeras amizades e me formei enquanto cidadão, militante negro e político. Liderei a Revolta do buzú em 2003 (agosto) e em 2004 assumi a Coordenação Geral da Comissão de Valorização e Cultura de Negros e Afro-Descendentes (Diretoria de Combate ao Racismo) do Grêmio Estudantil.

Parabéns aos CESLA, aos seus fundadores/as, professoras e professores, funcionários e os atuais que dão seguimento a luta e a garantia de existência desse maravilhoso Colégio.

Biografia de Marta Suplicy: Parabéns

Marta Teresa Smith de Vasconcelos Suplicy (São Paulo, 18 de março de 1945) é uma política e psicóloga brasileira, ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo.

BIOGRAFIA:

Nascida Marta Teresa Smith de Vasconcelos, filha de Luís Alfredo Smith de Vasconcelos (filho do terceiro dos barões de Vasconcelos e neto de Alessandro Siciliano) e de Noemia Fraccalanza, casou-se em 1964 com Eduardo Matarazzo Suplicy (bisneto de Francesco Matarazzo). Tem três filhos, João, André e Eduardo (o cantor Supla). Divorciou-se em 2001, logo após se eleger prefeita, mas manteve o sobrenome com o qual se tornou conhecida. Com o divórcio oficializado em 2003, casou-se com o franco-argentino Luis Favre, pseudônimo de Felipe Belisario Wermus, separando-se, após longa crise de relacionamento, em 13 de fevereiro de 2009.



CARREIRA:

Estudou no Colégio des Oiseaux (das cônegas de Santo Agostinho) até o fim do curso ginasial. Cursou o Colegial no Colégio Nossa Senhora de Sion, também em São Paulo, no estado de São Paulo, onde fundou o Grêmio na década de 1960, com marcada atuação na política estudantil, notadamente contra o governo militar.
Formada em
Psicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, fez pós-graduação na Universidade de Stanford em 1973, onde foi líder estudantil.
É membro da
Sociedade Brasileira de Psicanálise e da International Psychoanalytical Association, além de fundadora e ex-presidente do Instituto de Políticas Públicas Florestan Fernandes (1999-2000), organização que tem como objetivo elaborar propostas e políticas alternativas para a cidade de São Paulo e Região Metropolitana de São Paulo.
Na
década de 80, ancorou um quadro sobre sexualidade no programa TV Mulher, da Rede Globo - momento em que, após a ditadura militar, era possível falar no assunto, até então banido da mídia. Mesmo assim, o programa provocou polêmica e reações por parte de setores conservadores.
Foi também fundadora e presidente do
Grupo TVer (1997), ONG que estimula a visão crítica sobre os abusos e excessos nas programações das emissoras de TV e defende os direitos dos telespectadores. Também fundou o GTPOS (Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual), ONG que desenvolve trabalhos de capacitação e oficinas para profissionais de saúde e educação na área de orientação sexual e prevenção da AIDS.
POLÍTICA:
1983 - Filiação ao PT
1995 a 1998 - Foi
deputada federal eleita pelo PT, em São Paulo, com 76 130 votos. Na época, foi a quarta melhor votação do partido na Câmara. No Legislativo, foi autora de vários projetos de lei, como a Parceria Civil Registrada entre pessoas do mesmo sexo, a obrigatoriedade da cota mínima de 25% de mulheres na lista de candidatos às eleições que obedecerem ao sistema proporcional
1995 - Representante da Câmara dos Deputados na IV Conferência Mundial sobre a Mulher,
Pequim, China
1996 - Representante da Câmara dos Deputados no Congresso Mundial contra a Exploração Sexual e Comercial de Crianças, na cidade de
Estocolmo, Suécia
1996 a 1997 - Foi escolhida duas vezes (1996 e 1997) pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) uma das cem parlamentares mais atuantes do Congresso Nacional
1997 - Vice-líder da bancada federal do PT; vice-presidente do Grupo Parlamentar Interamericano sobre População e Desenvolvimento (órgão ligado à
ONU)
1998 - Presidente do Grupo Parlamentar Interamericano sobre População e Desenvolvimento (ligado à ONU); candidata do PT ao governo de São Paulo, com 3,743 milhões de votos, mas que não passou ao segundo turno, ficando em terceiro lugar, disputado contra
Paulo Maluf e Mário Covas
2000 - Eleita prefeita da cidade de São Paulo pelo PT, com 3.248.115 votos (58,51% dos votos válidos). Disputou o segundo turno com Paulo Maluf (então PPB, atual PP)
2004 - Eleita a primeira presidente da organização
Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), maior entidade do mundo na representação de cidades e regiões, como reconhecimento à sua gestão
2004 - Disputa a reeleição à prefeitura de São Paulo. Obtém 2,7 milhões de votos (45% do total) no segundo turno, mas é derrotada por
José Serra (600 mil votos a mais do que Marta)
2006 - Perde para o colega de partido
Aloizio Mercadante as prévias internas do PT e não vê seu nome viabilizado como candidato ao governo do estado de São Paulo. Ainda no mesmo ano, assume a coordenação da campanha à reeleição do presidente Lula, no estado de São Paulo
2007 - Assume como
ministra do Turismo - segundo mandato do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
2008 - Deixa o ministério do Turismo para concorrer à prefeitura de São Paulo
[1], e é derrotada nas eleições por Gilberto Kassab
PREFEITURA DE SÃO PAULO: (O QUE MARTA FEZ)
Marta assumiu a prefeitura de São Paulo após a gestão de Celso Pitta. Procurou recuperar o verde [2], retirando o cimento de praças e avenidas, colocando plantas e flores. Foi criticada pela oposição por plantar palmeiras imperiais [3] [4], que eles apelidaram de "coqueiros" (“Plantou bastante coqueiro e túnel (sobre a administração de Marta Suplicy)” Gilberto Kassab, candidato do DEM O Estado de S. Paulo, 1 de agosto de 2008), nos canteiros centrais de avenidas, plantas que, segundo seus adversários, "têm raízes fracas e podem cair com ventanias", o que "poria em risco motoristas".
As espécies realmente plantadas na gestão de Marta foram
palmeiras imperiais, nome científico: (Roystonea oleracea (Palmae)) [4]. A preferência pela palmeira imperial foi alvo de críticas por alguns paisagistas. Alegaram eles que, em comparação a um grupo de árvores como a quaresmeira e o ipê, que tem copa maior, o palmeiral não seria eficiente no controle da temperatura e na retenção de partículas de poluição. Um artigo da Folha de S. Paulo [3] acusou Marta de ter pago cinco vezes mais pelas palmeiras imperiais. O mesmo jornal desmentiu-se, na semana seguinte, em outro artigo: "No caso da av. Faria Lima, por exemplo, o governo Marta Suplicy conseguiu comprar palmeiras imperiais por um preço 41,5% inferior ao estabelecido no edital"[4].
Substituiu as administrações regionais (AR's) pelas subprefeituras, que foram equipadas e informatizadas
[5]. A prefeitura passou, no seu mandato, do Palácio das Indústrias, no Parque Dom Pedro, para o Edifício Matarazzo, no Viaduto do Chá. Mediante acordo feito como o banco espanhol Santander, o edifício foi cedido à prefeitura como parte da negociação da divida de R$ 885 milhões que a extinta CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos) tinha com esse banco, até então proprietário do prédio. Ficou acordado que o município passaria a dever R$ 156 milhões, a serem pagos em quatro anos para o novo Banco Santander Banespa, que em contrapartida ganhou o direito de competir pelas contas dos funcionários públicos [6]. Vale ressaltar que o governo do estado, em leilão, conseguiu 2 bilhões de reais pela cessão da folha de pagamentos dos servidores estaduais para o banco Nossa Caixa.
Introduziu o mecanismo de
Orçamento Participativo na prefeitura de São Paulo, inspirada [7] pelos 16 anos de experiência, obtida pelo PT [8] com Democracia participativa [9], na cidade de Porto Alegre [7], criando algumas inovações como o Orçamento Participativo Criança, lançado em março de 2004, durante o 3º Congresso Municipal de Educação [10].
Marta enfrentou
[11] no início de sua gestão sucessivas greves no serviço de transportes, que eram incitadas por um suposto acordo secreto, feito entre os empresários concessionários de linhas de ônibus e os sindicatos da categoria na capital[12]. Na ocasião Marta foi ameaçada de morte, passando a usar colete anti-balas[13].
Manteve paralisadas as obras do
Fura fila por um ano, sendo retomadas em 2002 [14],modificando o projeto de VLP elétrico para ônibus híbrido [15] (já que devido ao abandono da obra a rede elétrica foi furtada [16]) rebatizando o projeto de Paulistão. Prometeu entregar seu primeiro trecho 18 meses após o reinício das obras [17]. Em 2004, as obras novamente foram paralisadas por falta de verbas [18] e a previsão de entrega passaria a meados de 2005. No entanto o Paulistão, rebatizado Expresso Tiradentes, somente foi inaugurado em 2007 no governo de Gilberto Kassab.
Reestruturou o sistema de transportes municipais, com as linhas-tronco convergindo para o centro da cidade de São Paulo. O sistema passou a ser em forma de círculo, com os micro-ônibus fazendo trajetos específicos e complementares aos ônibus. "Na administração Marta Suplicy, foi elaborado um projeto de reforma que previa a distribuição racional da frota, vias exclusivas para a circulação dos veículos de transporte público, renovação da frota e tecnologia de ponta para o controle dos itinerários, velocidade e horários dos ônibus. Mas a meta de instalar 325 quilômetros de corredores de ônibus exclusivos até 2008 não foi cumprida. Marta Suplicy deixou a Prefeitura, a
administração Serra/Kassab não deu continuidade ao projeto e abandonou os corredores já construídos" [19].
Desativou parte do sistema de
trólebus da cidade (que segundo a prefeitura seria um sistema deficitário e obsoleto[20]) sendo que várias linhas foram extintas, aproximadamente 300 veículos foram retirados das ruas (uma pequena parte substituída por ônibus híbridos [21], sendo as demais por ônibus diesel) e cerca de 40% da rede aérea existente foi removida[22].
Instituiu o
Bilhete Único, com o qual, durante a sua gestão, era possível fazer ilimitadas integrações de ônibus pagando uma única passagem, na época, dentro do período de duas horas.
No final de sua gestão criou os "passa-rápido",
corredores de ônibus sem muros e grades [23] e dois túneis, denominados Max Feffer [24] ligando a avenida Cidade Jardim à avenida 9 de Julho, e o túnel Fernando Vieira de Mello, cruzando a avenida Faria Lima e ligando a avenida Rebouças com a avenida Eusébio Matoso. Ocorreram falhas de execução do projeto desses túneis, cometidas pelas empresas construtoras que ganharam a licitação. Houve inundações e interdições por chuvas dentro de um deles[25][26]. Os problemas ocorridos foram reparados pelas construtoras encarregadas, após intervenção do novo prefeito José Serra, sem ônus para a prefeitura, conforme o contrato[27].
Criou os
Centros Educacionais Unificados (CEU), estabelecimentos educacionais de grande porte com serviços e atividades extra-curriculares (teatro, piscina, creche, quadras poliesportivas), localizados em áreas carentes da cidade, o que foi uma das bandeiras de sua administração. Em 2005, seu sucessor suspendeu a expansão de todos os novos CEUs já previstos e licitados para reavaliação de custos. Em novembro 2005 a prefeitura decidiu retomar a construção das unidades até então já planejadas e licitadas na gestão de Marta[28]. No dia 7 de junho de 2008 foi inaugurado, o nono CEU entregue por um de seus sucessores, o Centro Educacional Unificado Feitiço da Vila. O custo deste CEU, segundo nota à imprensa distribuída pela prefeitura, foi de R$36,9 milhões[29][30].
Ao contrário de experiências anteriores, como os
Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) do estado do Rio de Janeiro, o Programa de Formação Integral da Criança (Profic) do estado de São Paulo e os Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Ciacs) do governo federal, os CEU, em São Paulo têm como princípio fundamental [31] o reconhecimento do direito de todas as pessoas a uma educação integral e de qualidade social, cidadã, popular e articulada com o desenvolvimento comunitário [32].
O acompanhamento e a avaliação do processo de implementação dos CEUs, realizado em parceria com a Fundação para a Infância e Adolescência FIA, mostrou indicadores de satisfação das comunidades acima de 90%
[33], porém os indicadores de eficiência e aproveitamento escolar dos alunos dos CEUs não tem diferido do restante da rede, conforme comprovam os dados da última Prova Brasil (avaliação nacional sobre o desempenho dos alunos das escolas do país)[34]. Essa informação tem que ser analisada tendo-se em conta que os rendimentos de eficiência e aproveitamento escolar dos alunos de regiões mais periféricas se mostram na média, em qualquer tipo de escola, não só mais baixos em relação às escolas do centro da cidade, como também há uma menor proporção de alunos com pontuações mais altas nessas regiões carentes [35]. "A questão da escola em locais com alta concentração de pobres precisa ter um tratamento diferenciado por parte da política educacional, capaz de compensar as desigualdades (...) [36].
Não obstante, alguns setores da sociedade, a oposição ao governo de Marta, e a grande imprensa, pelo menos num primeiro momento, resistiram muito a aceitar a validade dos conceitos propostos pelos CEUS's
[37]. Atualmente até alguns adversários de Marta elogiam os avanços na educação popular obtidos pelos CEU's: "O CEU é um excelente projeto em termos de escola integral". (Geraldo Alckmin) [38]
«As manchetes epigrafadas, publicadas na imprensa de grande circulação e na imprensa local, no ano de 2003, procuram exemplificar como o neoliberalismo, com sua sutileza ideológica, procurou desqualificar os Centros Educacionais Unificados, por meio de estratégias específicas, que transformam os meios de comunicação em "meios de fabricação da representação[39]" [40]»
(Edson Fasano, Universidade Metodista de São Paulo)
Em contraponto Marta foi duramente criticada por não ter acabado com todas as
escolas de lata herdadas de administrações anteriores, instalações provisórias de ensino que ofereciam péssimas condições de ensino às crianças, antes de iniciar a construção de CEU's[41]. "Salas de lata", "salas emergenciais", "salas modulares" ou ainda "escolas de lata" foram entregues à população durante a gestão do prefeito Celso Pitta (1997-2000). Receberam esse nome em decorrência do material de que eram feitas tais salas e, "apesar do nome, não expressaram qualquer improviso ou falta de planejamento, mas uma explícita intencionalidade de sucateamento da educação destinada às classes sociais mais excluídas", e se constituíram em resquícios herdados de administrações anteriores. "O sistema educacional brasileiro, assim como em grande parte a política educacional proposta por diferentes administrações, construiu, historicamente, uma escola excludente, reprodutora da realidade sócio-econômica. A essa prática, metaforicamente, denominamos de pedagogia de lata". [42].
Marta criou o também o "Vai e Volta", transporte escolar para as crianças das escolas municipais. As escolas municipais passaram a fornecer orientação sexual. Seus opositores entraram com uma ação com o "pedido de suspensão dos direitos políticos" por "falta de licitação" da ONG que deveria administrar o referido ensino
[43]. Manteve e ampliou o "Leve Leite", criado na administração de Paulo Maluf (1993-1996).
Fez parceria com os comerciantes de várias regiões da cidade, criando os "shoppings em céu aberto". Reformulou o serviço funerário, modernizando-o, especialmente os carros fúnebres
[44]. Também ampliou as vans para transportes de deficientes físicos. Reconheceu o direito dos companheiros do mesmo sexo dos servidores municipais, alterando o estatuto destes. Instituiu a coleta de lixo seletiva [45], criando a "Taxa de Lixo", que foi muito mal recebida pela população, para investir em centrais de tratamento de lixo. A oposição [46] passou a chamá-la de "Martaxa". A obtenção de decisões de liminares junto à Justiça foi muito utilizada pela oposição, para retardar as obras municipais, especialmente o "Túnel da Rebouças" e "Túnel Cidade Jardim", devido a alegações de altos custos e de uma suposta baixa qualidade das obras [47]. Essas ações judiciais propostas pela oposição não prosperaram, as liminares foram cassadas, e as obras acabaram sendo concluídas em sua gestão, com grandes atrasos.
Índices de aprovação do governo Marta
No final de seu governo, em outubro de 2004, o governo Marta na prefeitura de São Paulo obteve um bom índice de aprovação. Segundo pesquisa do
Instituto Datafolha, realizada nos dias 7 e 8 de outubro de 2004 e publicada no dia 9 de outubro de 2004 pelo jornal Folha de S. Paulo, 48% da população paulistana considerava a administração do governo Marta Suplicy ótima ou boa. Por alguma razão, que intriga vários analistas políticos, Marta não conseguiu transformar esse alto índice de aprovação em votos nas eleições [48].
Candidata à reeleição
Em 2004, Marta Suplicy disputou a reeleição, tendo como adversários principais o ex-prefeito
Paulo Maluf, do Partido Progressista, a ex-prefeita Luiza Erundina, do Partido Socialista Brasileiro e José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira. Com o apoio do então governador do estado, Geraldo Alckmin, Serra venceu no segundo turno com mais de 54% dos votos, e Marta quase 46%. Marta conseguiu grande votação junto à periferia da cidade, Serra foi largamente vitorioso nas regiões onde habitam as classes alta e a média [49] [48].
Viés da imprensa paulista
Segundo o Observatório Brasileiro de Mídia ligado à
Universidade de São Paulo, que efetuou medição quantitativa e qualitativa, o noticiário relacionado à campanha para a eleição na prefeitura de São Paulo, em cinco jornais, dentre eles Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, foi prejudicial à candidatura da petista Marta Suplicy e favorável à do tucano José Serra. "O modelo administrativo paulistano, petista, foi impiedosamente discutido na cobertura, segundo atestaram os pesquisadores da USP e o ombudsman da Folha, enquanto a gestão estadual paulista, tucana, era mantida à distância do debate, quase sem cobranças". O estudo indicou que 45,4% das notícias envolvendo a candidata Marta Suplicy, no período entre 4 e 24 de outubro de 2004, eram negativas, contra 18,3% favoráveis e 36,4% neutras. Já o tucano José Serra tinha 19,7% de negativas, 43,1% de neutras e 37,12% de positivas [50]
Précandidata ao governo do estado de São Paulo
Em 2006, Marta Suplicy é pré-candidata a governadora pelo PT, sendo derrotada nas prévias do partido pelo senador
Aloízio Mercadante, que conseguiu maioria no interior do estado. Mercadante foi derrotado em primeiro turno por José Serra.
No mesmo ano, após o primeiro turno das eleições presidenciais, a ex-prefeita se tornou líder da campanha de reeleição do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo [51].
Polêmica sobre dívidas com
José Serra
Logo ao tomar posse Serra disse que encontrou as finanças da prefeitura desorganizadas, divulgando que Marta Suplicy teria deixado um "rombo" de quase 2 bilhões de reais no final de seu governo. Segundo os dados da Secretaria Municipal de Finanças da
Prefeitura de São Paulo registrado em 31/12/2004, último dia da gestão de Marta, as dívidas da prefeitura eram as seguintes: Empenhos liquidados (entregues pelo fornecedor e reconhecidos pela prefeitura): R$ 652.098 milhões; empenhos não liquidados (o fornecedor diz que entregou, mas a prefeitura não reconhece): R$ 350.856 milhões; empenhos cancelados (cancelados unilateralmente pela prefeitura, apesar de contratados e em execução): R$ 593.733 milhões; despesas sem empenho (serviços feitos sem orçamento definido, entregues e não pagos pela prefeitura): R$ 233 milhões; Déficit das empresas estatais da prefeitura (CET, Anhembi, SPTrans, Prodam e Emurb): R$ 322.800 milhões; total de déficit (dívidas): R$ 1.819.564 Bilhão[52][53]. As contas de Marta foram aprovadas pelo TCM (Tribunal de Contas do Município) com ressalvas e posteriormente aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal: "O ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, arquivou, em 17 de abril de 2008, ação contra a ex-prefeita de São Paulo e ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT). Ela respondia ação, acusada de descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal ao cancelar empenhos que já estariam liquidados. A ação refere-se ao ano de 2004, quando ela deixou a prefeitura." [54].
O ministro
Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, acolheu manifestação da subprocuradora-geral da República, Cláudia Sampaio Marques. Cláudia Sampaio lembrou que o Tribunal de Contas do Município de São Paulo aprovou as contas da prefeitura de 2004. Segundo o TCM, o orçamento estava de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com a Lei de Responsabilidade Fiscal. [54]. No segundo debate da TV Bandeirantes com Geraldo Alckmin, em setembro de 2008, Marta disse o seguinte sobre o "rombo" alegado pelos tucanos: "Vocês fizeram processos que foram para o Supremo e eles dissseram que cumprimos, sim, com a lei orçamentária. (...) a nossa gestão foi muito boa para quem tinha poucos recursos" [55].
MINISTÉRIO DO TURISMO:
Ao término do processo eleitoral de reeleição do presidente Lula, Marta Suplicy assume o Ministério do Turismo no segundo mandato do presidente Lula.
Em
13 de junho de 2007, lançou Plano Nacional do Turismo. Questionada sobre a crise que ocorria então no setor aéreo e sobre a oportunidade de seu plano que incentivava viajar, respondeu: "Relaxa e goza que depois você esquece de todos os transtornos"[56]. Esta frase causou um impacto muito negativo à sua imagem. Marta, pouco tempo depois, reconheceu publicamente ter errado e ter feito uma declaração inapropriada. Não obstante seus adversários continuam explorando esse deslize.
O Ministério do Turismo, divulgou em abril de 2008, no Rio de Janeiro, o Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento − Relatório Brasil, uma ferramenta de gestão pública que possibilitará fazer um diagnóstico dos destinos, o monitoramento do seu desenvolvimento, e o planejamento de ações. Foi encomendado pelo Ministério do Turismo e elaborado pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esse trabalho, inédito no Brasil, visa orientar políticas e ações, no intuito de racionalizar esforços e recursos dos governos federal (MTur), estaduais (secretarias de Turismo) e municipais (prefeituras) no desenvolvimento do turismo regionalizado [57].
Como Ministra do Turismo obteve, na
Alemanha, linhas de crédito para empresários brasileiros interessados em investir na Copa do Mundo de 2014. Em março de 2008 foi assinado um acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que vai investir um bilhão de dólares no turismo brasileiro, em um novo modelo de Prodetur Nacional [58].
Em 2007 o Ministério do Turismo do Brasil investiu R$ 1,7 bilhão. Desse total R$ 1,1 bilhão foi para obras de infraestrutura turística
[58] [59]. Para 2008 o orçamento aprovado é de R$ 2,66 bilhões. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê, até 2010, a aplicação de R$ 6 bilhões para modernizar os 20 maiores aeroportos do país e quatro terminais de carga, bem como projetos na melhoria da infra-estrutura em transportes, telecomunicações e energia [57].
Em
3 de junho de 2008, o presidente Lula definiu o substituto da ministra, que deixou o governo para se dedicar à campanha municipal de São Paulo. Ela foi substituída por seu secretário-executivo na pasta, Luiz Eduardo Barretto[60].