21 anos sem Carlos Drummond de Andrade
* Law Araújo
O último dia 17 de agosto de 2008 trouxe-nos a lembrança do maior porta da humanidade (se assim me permitem definir), Carlos Drummond de Andrade. Mineiro de ferro, da sua querida cidade de ferro Itabira. São 21 anos sem a calma, a ternura e rispidez de alma em poemas envolventes, alucinantes, que nos faz inculcar de maneira sem igual.
Carlos Drummond de Andrade partiu doze dias após a morte de sua única filha, a também escritora Maria Julieta Drummond de Andrade. Amor paterno excessivo? Pode ser que sim, pode ser que não. Inconformismo com a solidão? Também é uma opção. Mas afinal, qual o homem que quer ou nasceu para viver só? Ninguém. Drummond embora de ferro, era homem como nós.
A poesia de Drummond é marcada e estuda e ensinada como sendo ou subdividindo-se numa poesia do individuo, da família, da existência e da própria poesia. O individuo num “eu retorcido”, complicado, estilhaçado. A família e a existência aparecem num interrogatório sem sentimentalismo do viver em família e da razão da existência. Do sentido do existir. E a poesia, o fazer poético é a reflexão das suas poesias.
Mas conhecemos de fato esse homem e sua poesia? Será que já conseguimos decodifica-lo? Não! Um homem de “sete faces” não se decodifica em 21 anos depois de sua lamentável partida e nem mesmo seria possível ao longo que foi sua existência. Drummond é homem cujo “nome é tumulto e escreve-se na pedra”. Sua poesia é “a rosa do povo” que a lê em sua “cadeira de balanço” ou como preferem as “moças deitadas na grama”, sem igual e universal. Resta-nos apenas a saudade e a certeza de que se aqui ainda estivesse estaríamos ainda mais ricos de uma poesia difícil de definir, mas fácil de apreciar.
* Law Araújo é estudante de Graduação em Letras Vernáculas pela Universidade Católica do Salvador (UCSal) e Secretário de Finanças da Executiva Nacional de Estudantes de Letras (ExNEL) Regional Nordeste, gestão 2008/2009.
* Law Araújo
O último dia 17 de agosto de 2008 trouxe-nos a lembrança do maior porta da humanidade (se assim me permitem definir), Carlos Drummond de Andrade. Mineiro de ferro, da sua querida cidade de ferro Itabira. São 21 anos sem a calma, a ternura e rispidez de alma em poemas envolventes, alucinantes, que nos faz inculcar de maneira sem igual.
Carlos Drummond de Andrade partiu doze dias após a morte de sua única filha, a também escritora Maria Julieta Drummond de Andrade. Amor paterno excessivo? Pode ser que sim, pode ser que não. Inconformismo com a solidão? Também é uma opção. Mas afinal, qual o homem que quer ou nasceu para viver só? Ninguém. Drummond embora de ferro, era homem como nós.
A poesia de Drummond é marcada e estuda e ensinada como sendo ou subdividindo-se numa poesia do individuo, da família, da existência e da própria poesia. O individuo num “eu retorcido”, complicado, estilhaçado. A família e a existência aparecem num interrogatório sem sentimentalismo do viver em família e da razão da existência. Do sentido do existir. E a poesia, o fazer poético é a reflexão das suas poesias.
Mas conhecemos de fato esse homem e sua poesia? Será que já conseguimos decodifica-lo? Não! Um homem de “sete faces” não se decodifica em 21 anos depois de sua lamentável partida e nem mesmo seria possível ao longo que foi sua existência. Drummond é homem cujo “nome é tumulto e escreve-se na pedra”. Sua poesia é “a rosa do povo” que a lê em sua “cadeira de balanço” ou como preferem as “moças deitadas na grama”, sem igual e universal. Resta-nos apenas a saudade e a certeza de que se aqui ainda estivesse estaríamos ainda mais ricos de uma poesia difícil de definir, mas fácil de apreciar.
* Law Araújo é estudante de Graduação em Letras Vernáculas pela Universidade Católica do Salvador (UCSal) e Secretário de Finanças da Executiva Nacional de Estudantes de Letras (ExNEL) Regional Nordeste, gestão 2008/2009.
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