Idade Penal
Volta e meia o Brasil se pega nessa discussão: reduzir ou não a maior idade penal? O que fazer com os jovens infratores? Como ressocializá-los? Onde erramos? Quem errou, família ou Estado?
Depois da morte, triste e bárbara do garoto João, essa discussão voltou à tona. Alguns políticos, como os facínoras senadores ACM ( BA ) e Demóstenes Torres ( GO ) ambos PFL, futuro Partido Democrata, encabeçam junto com a mídia, em especial as organiza- ções ( ou desorganizações ) Globo da família Marinho, junto com setores da sociedade o pedido de redução da maior idade penal de 18 para 16.
Nossa sociedade é muito emotiva e abobalhada. Deixando-se mais uma vez levar por seus falsos e hipócritas sentimentos e pela mídia ( Rede de Esgoto, "plim, plim" ) pede justiça, quer reduzir por reduzir sem discutir os efeitos super colaterais que isso terá. O Congresso, corrupto e cheio de maus exemplos, quer aprovar para dizer que realmente estão ali para fazer o que o povo quer. Mentira! O Congresso quer apagar seus erros com mais este erro.
O Faraó baiano, presidente da Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ do Senado ) deu uma antes do carnaval de menino mimado, " eu quero votar, quero, quero e acabou ". Se o senador do PT de São Paulo, Aloizio Mercadante não chama o Senado a reflexão e pede vistas no caso, os senadores que ficam 8 anos, 8 anos em Brasília para criar e votar leis, com cautela, aprovariam nas carreiras ( às pressas ) tal matéria, pelo mimo do Faraó.
Sou contra a redução. Sou contra e grito em alto e bom som. Hoje vão reduzir pra 16, amanhã 14, depois 9, um dia não haverá mais maior e menor idade penal. Chegará o dia em que um bebê que bater ou derrubar a chuca do outro será fichado na "delegacia de combate à crimes e infrações de bebês, crianças e jovens".
A redução da maior idade penal não traz alívio para ninguém, só dor, não põe fim na violência em nenhuma parte deste país. Os primeiros a sofrerem, mais uma vez, serão os negros. Os manos e as minas serão logo fichados, presos, espancados e dividiram celas com bandidos perigosos. Depois, os que pedem à redução da idade penal, vão falar em como ressocializá-los, não tem como ressocializar um ser humano posto em uma cela e tratado como bicho.
É preciso ir às ruas e tomá-las para dizer a mídia, a ACM, Demóstenes e outros que as coisas não são bem assim e que eles não devem se enganar com a cor da chita. Não me venha um Congresso cheios de legendas de aluguel, com um troca-troca de partido infini- to, grampos, corrupção e aumentos de salários querer limpar sua imagem com o sangue de uma 'juventude transviada'.
Vamos às ruas não pelo menino ou sua família ou pelas outras tantas vitímas, vamos às ruas pelos que ainda estão vivos antes que, assistamos a novos genocídios neste país que mata negros, jovens, mulheres, índios, sem-terras e sem-teto, desempregados e que põe crianças para vender os corpos e consumi e vender drogas.
Vamos ás ruas pela vida. Como disse Jesus, "deixai que os mortos enterram seus mor- tos". Vamos cuidar dos que ainda podem ser salvos. Vamos dizer não a redução! Reflete Brasil!!!
LAW ARAÚJO, autor
19/02/2007.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
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