O presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Nilo (PSDB), descartou a possibilidade de se filiar ao PT do governador Jaques Wagner. Nilo, que vai deixar o PSDB por não concordar com a postura dos tucanos de aproximação com o DEM - em função da eleição presidencial de 2010 e em torno da candidatura de José Serra (SP) -, disse que questões municipais o impedem de ingressar em solo petista. "O PT já existe nos municípios onde sou votado e que represento. A questão é só política", declarou. Na realidade, Nilo é adversário do PT em vários municípios que representa, principalmente na região nordeste do estado. O presidente da Assembléia é adversário direto, por exemplo, da deputada petista Fátima Nunes.
Deu em A Tarde: “Marcelo Nilo, presidente da Assembléia, já tem no gatilho a estratégia que adotará caso seja questionado na Justiça por suposta infidelidade partidária, quando sair do PSDB por causa da suposta entrada de Paulo Souto: dirá que quem mudou foi o partido e não ele: – Em 2006 apoiamos Wagner. A convenção do PSDB liberou os filiados para votar em quem quisesse.
Marcelo é amigo de longas datas do deputado Jutahy Júnior e de todo o comando tucano na Bahia. Por isso, apesar de divergentes, a cúpula do partido já decidiu liberá-lo sem maiores delongas. Não vai criar problemas. Mas até que ponto? E Marcelo vai só? Quantos diretórios influencia e quantos vai levar? O partido vai avaliar o quadro semana que vem.”
O presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Nilo (PSDB), revelou que já se cercou de todas as garantias para não perder o posto de deputado estadual. Na próxima semana ele encaminhará à direção tucana o pedido oficial de desligamento, e a saída, pelos trâmites legais, só deverá ser oficializada entre 30 e 40 dias. De acordo com ele, a legenda e o primeiro suplente já se comprometeram em não requerer o mandato, e a liberação pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) também será requerida. “Eu amarrei tudo juridicamente. Só quem pode pedir a cassação é o PSDB e o meu suplente, que já me garantiram que não farão, ou o Ministério Público. Se o TRE me liberar, porque o MP poderia contestar?”, questionou. O parlamentar afirma que ainda não tem um destino certo e que poderá aportar em qualquer sigla que tenha afinidade com os seus ideais. Com a indefinição do PDT em integrar a base do governo, a negociação dele com o partido praticamente emperrou. Nos bastidores comenta-se que Nilo mantém conversas adiantadas com o PSB, da deputada federal Lídice da Mata, muito próxima a ele, desde a época em que foi eleita prefeita de Salvador pelo PSDB. “Tenho convites de muitos partidos. Ela também me ligou e me ofereceu vaga, mas tudo isso ainda vai demorar para ser definido. Eu só sei que não irei para a oposição ou para o PMDB. Nem o PMDB me quer, nem eu tenho que ir para o PMDB”, disse.
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