EXCLUSIVO: Pelegrino defende pacto para solucionar impasse no PT
O deputado federal Nelson Pelegrino disse que o PT precisa ter maturidade para construir um pacto que estabeleça um comando unitário para a legenda a partir de agora, independentemente do resultado eleitoral para as presidências estadual e municipal.
“O partido não pode continuar sangrando, se dilacerando publicamente. Não pode ficar neste nível de divisão”, disse o deputado a este Política Livre, defendendo uma negociação entre as tendências que disputam o comando do PT no plano estadual e municipal.
Para Pelegrino, é preciso reconhecer o direito à recontagem em Salvador e analisar os recursos “que estão aí” contra o resultado da eleição à presidência estadual. Ele disse que, no início do confronto, chegou a ligar para Rui Costa para defender uma negociação.
Secretário estadual de Relações Institucionais, Costa é apontado, na atualidade, como uma das principais forças petistas por trás das candidaturas presidenciais de Jonas Paulo, ao PT estadual, e da vereadora Wania Galvão, ao PT de Salvador.
Os dois são adversários de Marcelino Galo, atual presidente estadual e candidato à reeleição, e de Edísio Nunes - que perdeu a eleição ao PT municipal por um voto de diferença para a vereadora -, ambos ligados a Pelegrino.
Além de ter ligado para Costa, Pelegrino telefonou para o deputado federal Walter Pinheiro e para o secretário estadual de Comunicação, Robinson Almeida, que apóiam as candidaturas adversárias, propondo uma solução negociada.
“O partido tem que ter maturidade para sentar à mesa e, à luz da legalidade, tentar uma solução”, disse o parlamentar. Por trás da disputa, está principalmente a definição sobre se o PT terá ou não candidato a prefeito de Salvador, postulação cobiçada por Pelegrino.
Nova Executiva do PT mostra crescimento da esquerda do partido na Bahia
Apesar da indefinição com relação a quem vai comandar o PT baiano nos próximos dois anos, a nova correlação de forças internas do partido já foi estabelecida desde o primeiro turno do PED, onde a representação das chamadas esquerdas do partido aumentou em detrimento do ex-Campo Majoritário.
Desta forma, o grupo do atual presidente Marcelino Galo passou de três para cinco assentos na Executiva, onde as forças ligadas a Jonas Paulo, em torno de quem está agrupado o ex-Campo Majoritário, perderam duas vagas, ficando com quatro. A tendência Democracia Socialista, do deputado federal Walter Pinheiro, permaneceu com dois assentos.
Já o grupo do secretário estadual Rui Costa, o Coletivo Reencantar, cresceu de uma para duas vagas no colegiado. “A nova correlação de forças estabelecida no primeiro turno do PED mostra claramente o crescimento dos grupos de Marcelino Galo e de Rui Costa na Executiva, ao passo que um decréscimo do ex-Campo Majoritário”, diz uma fonte petista.
Extraído de: www.politicalivre. com.br
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
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