Elis no palco (vi só em imagens) é coisa realmente de louco. Uma atuação, uma entrega sem igual. A pimentinha encantou enquanto viveu. E viveu intensamente. Elis é sem dúvidas a melhor e maior cantora do Brasil ainda hoje.
Calouros inspiram-se em Elis ao se apresentarem em programas de TV. Não há um calouro que não cante "Essa Mulher" tão versátil que foi e ainda é Elis Regina. Dizia ela que poucas pessoas a conheceria, saberia de si ao extremo.
O povo soube e conheceu. Amou essa interpréte de samba, músicas românticas e de protesto. Elis era mil em uma só mulher. Era "Marias" em uma brasileira que não fora batizada de Maria, mas batizou sua filha.
Foi cantora, mãe, mulher, ativista, polêmica. Foi viva. Sabia que não poderia passar em brancas nuvens. Sabia de seu papel na sociedade. No mundo. Na vida e nas vidas.
Um de seus maiores clássicos diz "Caía a tarde feito um viaduto e um bêbado trajano LUTO me lembrou Carlitos..." Os bêbados trajam LUTO nesse dia 19 de Janeiro de 2009, 27 anos depois de sua morte. Os não bêbados também trajam esse LUTO. Todos lembram.
Elis partiu como "...num rabo de foguete..." E hoje "...chora a nossa Pátria mãe gentil, choram Marias e Clarices no solo do Brasil..." E nossa vida, nosso canto, nossa memória, nossos escritos e nossa dor não serão inutilmente. Lembrar Elis sempre, porque Elis vive sempre entre todos nós.
Assista abaixo o vídeo do enterro de Elis Regina Carvalho Costa.
* 17 de Março de 1945 - + 19 de Janeiro de 1982
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