Este é um espaço para a exposição de ideias e do debate nas áreas de Literatura, Poesia, Política, Esporte (em especial o futebol) e analises diversas.
Law Araújo te convida ao debate, ao deleite, a controvérsia.
Sinta-se a vontade.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
O Pagode Baiano antes e depois de FANTASMÃO
Durante muito tempo, eu sempre critiquei o pagode da Bahia. Lembro de minha época de estudante e líder secundarista no Colégio Estadual Landulfo Alves, em Água de Meninos, Cidade Baixa, onde tinhamos uma explosão de culturas dentro do Colégio. Tínhamos os pagodeiros, os roqueiros, os roqueiros fãs de Pitty, os intelectuais, os políticos, enfim.
Eu sempre fui duro em minhas críticas (principalmente quando escrevia no Jornal "O Grito"). Critiquei e muito o fato de quererem pôr na rádio do CESLA, durante o intervalo, músicas de pagodes. Realmente não tinha sentido, só que hoje, eu posso afirmar que o pagode baiano se divide em a.F e d.F. Antes de Fantasmão e depois de Fantasmão. A banda Fantasmão apresenta de fato além de uma batida (e boa batida). A banda apresenta letra em suas músicas. Fantasmão é o despertador de mentes. Chama atenção a valorização e auto estima do negro e da negra. Trata de questões sociais. Tem algo e muito, a mais que as demais bandas do gênero e que se apresenta até em shows junto, antes, depois das apresentações de Fantasmão. Quando os caras do Fantasmão dizem "Eu sou negão, eu sou do gueto e você quem é?..." Isso vai além, muito além do que os que ouvem e cantam pensam no momento e situação em que se encontram. Trata-se de uma afirmação e auto-conhecimento, falta ao outro, o que está ouvindo se descobrir e se afirmar.
"Sou filho de preto e quero respeito, quem mora no gueto não é ladrão..." A voz do gueto da Bahia é o Fantasmão. A música cantada, tocada vem remendo contra a onda de super valorização da cultura alheia, do estrangeirismo. Não há ketchup em nosso acarajé. Música de qualidade e com atitude, isso é Fantasmão. Alerta e despertar de mentes como em "Gaiola" e tantas outras. Vida longa ao Grupo Fantasmão, porque realmente "Fantasmas" existem.
Um revolucionário 'solitário' socialista, marxista-leninista, sempre pronto para o debate. Amante da obra de Gregório de Matos e Carlos Drummond de Andrade, o tumulto a ser escrito na lápide após minha morte, como disse um dia o poeta.
"As leis não bastam
os lírios não nascem da lei
meu nome é TUMULTO
escreve-se na pedra".
Carlos Drummond de Andrade.
4 comentários:
VOÇES O DEMAIS AMO VCS
FANTASMA
AMANDA AMAR VCS FANTASMAS
Vei vcs sao dao chouw valw
Sucesso da musica rondespe q musicao!!!
Postar um comentário