sexta-feira, 17 de outubro de 2008

20 de Novembro

20 DE NOVEMBRO


Oh! Pelourinho,
Hum! Pelourinho.
Teu cenário me traz muita dor.
Me lembra tanto horror.
Do tempo em que negro "tinha senhor".

Oh! Pelourinho,
Hum! Pelourinho.
Você assistiu todo esse chororô.
Viu negro gemer de tanta dor.
Viu negro querer ser libertador.
Não foi Isabel quem libertou.
Só assinou porque negro pressionou.

Essa aula professor não ensinou,
aluno nunca perguntou.
Nos livros ninguém achou.
Ninguém aprendeu que 13 de maio não tem valor.
Vou 20 de novembro pro Pelô.

20 de novembro Tô no Pelô
trançando cabelo com meu amor.
Se não trançou ninguém ligou,
Bem-dizendo minha raça, olá, lá.
Vou dançar nas tuas praças, olá, lá.

Vem pro Pelô que aqui tem graça.
Salve Luiza Mahim, João de Deus e Zumbi!
Nunca tive tão feliz assim.
Tô bem-dizendo minha raça.
Hoje mais uma vez negro é dono das tuas praças.


Law Araújo, autor.

texto escrita em :

17 de agosto de 2005, passado para o computador em
12 de novembro de 2006, sem alterações.

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