sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Era uma vez...

Era uma vez...


Era uma vez... Um mundo sem Deus a olhar por ninguém. Sem ninguém a dizer: "Deus te leve", "Deus te abençõe", "Deus te proteja", "Deus lhe pague", "Deus te livre das horas maus", "Deus é mais", "Deus me livre e guarde", "Tomara Deus", "Deus é brasileiro"...
Viu? Quantas coisas dizemos com o nome de Deus? Pedimos a Deus que nos dê um bom dia e que nos leve em paz e segurança e nos traga. Pedimos a Deus uma noite boa de sono e sossego. Pedimos a Deus saúde, dinheiro, paz, dinheiro, família feliz, dinheiro, emprego e mais dinheiro, cura de uma dor de cabeça, dinheiro... Às vezes agimos como se Deus fosse uma máquina de dinheiro da Casa do Tesouro Nacional.
Mas se Deus resolvesse não olhar por nós e nem nos ouvir por dez minutos. Isso, aceite meu desafio e pense que por dez minutos... Hum? É pouco? Vamos lá, uma hora. Pense que por uma hora Deus fechou os olhos e seus sentidos estão paralisados. Ele não nos ouve, não vê, não sente nosso cheiro e presença. Não sabe o que pensamos antes de termos pensado pelos próximos sessenta minutos. É isso. Deus não existe e não está, portanto, nos olhando, Era uma vez esse mundo sem Deus.
E ai o que fazer? Desesperar ou comemorar? Pode aprontar tal qual eu posso, sem Deus vê. Ou seja, você que vive de aparências, e que vive louco para cometer as maiores loucuras e atrocidades, pode assim fazê-las pois, Deus não há, pelo menos por uma hora e nesta história, neste mundo "encantado".
O carro vai bater, o trem vai virar, o avião vai cair cheio de passageiros, opa, não! Nada de pedir ajuda a Deus. Ele não existe lembra? O carro bate, o trem vira, o avião cai e as pessoas morrem em todos estes acidentes. Está chovendo, não peça por Deus, Ele não existe. Casas desmoronam e famílias ficam desabrigadas e alguns morrem. A cantora perde a voz, os ladrões assaltam. Confronto entre polícia e bandidos. Morte de cidadãos inocentes. Não chama... Ele não existe.
Ai você me diz, mas com Deus tudo isso ocorre. Sim, ocorre o carro que bate e gente morre. Ocorre de um trem virar e várias pessoas morrerem. Ocorre de avião de cair e morrer gente e ocorrem muitos confrontos entre a polícia e a bandidagem e os assaltos também, feridos, mortos, uma tragédia geral. Mas... Com Deus tem um diferencial, você chama por Ele na hora de aperto e Ele estende as mãos. Quantas vezes ouvimos de um avião que caiu e no meio de 100, 200 mortos um ou outro, cinco ou dez sobrevivem? Por quê? Quantas vezes também ouvimos falar de confrontos onde inocentes morrem e a polícia e o bandido escapam com vida? Quantas vezes uma pessoa vê outra morrer de seu lado e ela escapa? E quantos, saem de acidentes inacreditáveis sem uma secula ou até mesmo arranhões?
Isso é a mão de Deus. Aquele Deus que pedi que fizesse de conta que não existe, lembra? Aquele que você e eu também, fazemos de garçom, me traz isso, me dá aquilo e aquilo outro, lembra? Sem Deus não somos nada. Não podemos, mesmo com todo dinheiro e com toda saúde, viver sem ele nem por um minuto, nem por um segundo, nem por um millésimo de segundo. Eu sei, quando eu te propus que pensasse na inexistência Dele por uma hora você logo disse "Deus é mais". Realmente, é incabível pensar que podemos viver sem Ele. Sem seu olhar e sua mão, sem sua luz para enchegarmos durante o dia e a noite.
Não dá para brincar de "sou auto-suficiente", não somos. Precisamos dele para tudo. Pára dormir, pára acordar. Precisamos de sua ajuda, orientação e seu amor. O que seria de você sem Deus? De mim, nada, eu afirmo e reconheço. Um hino gospel, diz o seguinte em sua letra: "O homem só está de pé, protasdo aos teus pés, total dependência". Como estar de pé se estou na real de joelhos? As coisas loucas são para confundir as sábias. Só uma coisa é explicável. Nunca pense num mundo sem Deus, mas nunca se esqueça de que esse mundo não terá mais a compaixão dele, a luz, o olhar dele num momento ainda vindouro e que só Ele sabe quando será. Fica com Deus, porque eu fico também e agarro-o com todas as minhas forças.


LAW ARAÚJO, autor, 5/1/2008.

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